NUTRIÇÃO - Vitaminas

As vitaminas são nutrientes essenciais ao corpo, pois regulam as diversas atividades que ocorrem no organismo.

A falta de vitaminas pode ocasionar doenças.

As vitaminas são encontradas em diferentes tipos de alimentos, como no leite e seus derivados, nas frutas, nas folhas verdes e nos óleos em geral, entre outros. Desempenham papéis importantes em reações metabólicas, atuando inclusive como cofatores enzimáticos. Ou seja, sem a presença delas, algumas reações metabólicas, essenciais para vida, simplesmente não ocorrem.

Os benefícios são incontáveis quando consumidas na medida certa, até porque, o bom senso e moderação é a palavra de ordem para qualquer alimentação saudável. E com as vitaminas não é diferente, pois seu consumo de maneira excessiva por meio da suplementação inadequada pode ser tóxico.

Existem dois grandes grupos de vitaminas: as lipossolúveis e hidrossolúveis. Começaremos pelo grupo das lipossolúveis, que compreendem as vitaminas A, D, E e K.

Vitamina A

Na realidade, vitamina A é um termo que engloba o retinol e os carotenóides, substâncias conhecidas como pro-vitamina A. Sendo o betacaroteno, a pro-vitamina A mais importante para a nutrição humana. É ele quem confere cores amareladas, alaranjadas ou vermelhas em frutas, verduras e legumes.

Alguns nutrientes podem afetar a absorção dos carotenóides e são necessários pelo menos 5g de gorduras* diários para uma absorção bacana. O álcool, por exemplo, dificulta a bioconversão do betacaroteno em vitamina A.

Na retina, o retinol se liga a proteína opsina, formando a rodopsina, essencial para a absorção da luz, necessárias para a visão. Além disso, a integridade da córnea depende do fornecimento de vitamina A.

A deficiência causa a xeroftalmia, que se caracteriza pela cegueira noturna (decorrente da síntese deficiente de rodopsina), ressecamento da conjuntiva até ulceração da córnea.

Outras manifestações em função da deficiência de vitamina A são a anorexia e alteração de paladar e diminuição da resistência a infecções.

O excesso também pode ser tóxico, causando náuseas, vômitos, fadiga, fraqueza, cefaléia, unhas fracas e quebradiças, dor nos ossos, alterações das funções do fígado, etc.

Encontrada na gema do ovo, leite integral, fígado bovino, vegetais folhosos verdes, cenoura, mamão, manga, nozes, germe de trigo.

Vitamina D

A vitamina D pode ser ingerida na dieta (Vitamina D2 – Ergosterol) ou ser formada no organismo (Vitamina D3 – Calcitriol) pela pele sob exposição ao sol. A produção diária de vitamina D é alcançada após 30 minutos de irradiação solar.

Ambas as vitaminas são metabolizadas de maneira similar em nosso organismo: são transportadas ao fígado e convertidas em uma substância intermediária. Em seguida, esta substância é enviada ao rim. É exatamente no rim onde ocorre a conversão para a forma biologicamente ativa da vitamina D: o calcitriol, propriamente dito. Esse processo é regulado por um hormônio denominado paratormônio (PTH), sintetizado em nossas paratireóides (que são “pontinhos” localizados em nossa tireóide). principal função fisiológica dela é manter as concentrações de cálcio em equilíbrio.

Deficiências em vitamina D causam raquitismo na infância e osteomalácia em adultos. O raquitismo ocorre por uma deposição de cálcio (e outros minerais) deficiente na matriz óssea, tornando os ossos fracos e amolecidos. O resultado são deformidades ósseas como pernas arqueadas, déficit na estatura, entre outras. A osteomalácia, por si, caracteriza-se pelo amolecimento dos ossos, causando dor óssea generalizada e deformidades ósseas na coluna, tórax e pelve.

Quanto ao excesso, o consumo de suplementos sem a devida orientação, pode levar a hipercalcemia. Ou seja, níveis elevados de cálcio. Este, quando em demasia, pode levar a formação de cálculos renais e de acordo com algumas literaturas, esclerose coronariana. Entretanto, a intoxicação pela vitamina D não é muito comum.

Encontrada no óleo de fígado de bacalhau, atum, salmão, sardinhas, gema de ovo, manteiga e própria exposição ao sol.



Vitamina E

Na realidade, é uma família de substâncias denominadas tocoferois e tocotrienóis (α,β, γ,δ), sendo o α-tocoferol mais abundante na natureza. Todo o metabolismo desta vitamina está intimamente ligado ao das gorduras: após a absorção no intestino delgado, é transportada ao fígado na corrente sanguínea e depois encaminhada para os demais órgãos e tecidos, como cérebro, músculos.

Mas é o tecido adiposo (gordura) o principal responsável pelo armazenamento da vitamina E. A principal função da vitamina E, sem dúvida, é como antioxidante. Ou seja, protege as células das ações de radicais livres, que são substâncias muito reativas e também de agentes tóxicos. Devido a essa função, alguns estudos atuais afirmam que a vitamina E pode inibir a formação do câncer.

Além disso, a vitamina ajuda na manutenção do tecido epitelial (pele), melhora câimbras musculares juntamente com o magnésio e fósforo, reduz sintomas de tensão pré-menstrual junto à vitamina B6, entre outras.

Apesar de a deficiência ser rara, devido à ampla distribuição desse nutriente na natureza, pode-se destacar dores musculares, anemia hemolítica em prematuros (pela ruptura de hemácias), esteatose*, alterações durante o processo de formação dos espermatozoides, como sintomas devido às baixas concentrações da vitamina no sangue.

Todavia, altas concentrações de vitamina E podem provocar náuseas, fadiga, cefaléia, diminuição de fatores de coagulação e conseqüentemente, hemorragias, etc.

* Acúmulo de triglicerídeos (gordura) no sangue

É encontrado nos vegetais de folhas verdes, sementes, óleo de noz, nozes, amendoim, soja, milho, girassol, gérmen de trigo.

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Vitamina K


Representa uma família se substâncias que podem ser classificadas em filoquinona (K1) presente naturalmente nos alimentos; menquinona (K2) sintetizadas por bactérias do intestino e a menadiona (K3) de origem sintética. A principal função da vitamina K está ligada à síntese de uma proteína denominada protrombina, uma forma inativa e precursora da trombina, uma enzima envolvida nos processos de coagulação sanguínea. Ou seja, na ausência da vitamina K, não há síntese dos fatores de coagulação. Estudos recentes também apontam a participação desta vitamina na produção de proteínas específicas dos ossos, denominadas osteocalcina e proteína específica da matriz. Outra função interessante é a inibição da produção ácida de bactérias salivares atuando na prevenção de cáries.

Quanto à deficiência, em adultos, geralmente está associada a doenças gastrointestinais, como por exemplo, a síndrome de mal absorção. Entretanto, um dos sinais mais evidentes de deficiência é a tendência ao aumento de hemorragias. No caso de recém-nascidos o risco de hemorragia por deficiência de vitamina K é maior devido à dificuldade de absorção de gorduras nos primeiros dias de vida (essenciais para a absorção de vitaminas lipossolúveis). A administração de uma dose de 1mg de filoquinona (K1) logo ao nascer evita a doença hemorrágica do recém-nascido. Em muitos países já uma medida de rotina neonatal.

O excesso desta vitamina pode ser tóxico apenas para a menadiona (K3), podendo nestes casos provocar anemia heomolítica (Anemia devido à hemólise, ou seja, rompimento anormal de hemácias nos vasos sanguíneos (hemólise intravascular)).

Principais fontes: vegetais folhosos verdes como brócolis, espinafre, agrião, couve-de-Bruxelas, salsa, alface, repolho e chá verde. Óleos vegetais (principalmente canola e soja), leite, gema de ovo e fígado.

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Vitamina C

Também conhecida como ácido ascórbico, é uma das 13 principais vitaminas que fazem parte de um grupo de substâncias químicas complexas necessárias para o funcionamento adequado do organismo. É uma das vitaminas hidrossolúveis, o que significa que seu organismo usa o que necessita e elimina o excesso. A vitamina C ajuda as células do organismo, incluindo os ossos, os dentes, as gengivas os ligamentos e os vasos sanguíneos, a crescer e permanecer sadias. Também ajuda o organismo a responder à infecção e ao estresse, além de auxiliar a utilização eficiente de ferro. Se o seu organismo não receber quantidades diárias suficientes de vitamina C, você ficará mais propenso a apresentar equimoses na pele, sangramento nas gengivas, má cicatrização das feridas, perda de dentes, dores nas articulações e infecções. Ingerir quantidades excessivas de vitamina C (mais do que 100mg por dia, aproximadamente) pode causar náuseas, cólicas estomacais, diarreia e, possivelmente, cálculos renais.

A vitamina C é encontrada em alimentos como frutas cítricas, tomates, morangos, pimentão-doce, brócolis, kiwi, couve-de-bruxelas, couve, laranja, batata, manga e ervilha.

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