SAÚDE - Leucopenia
Uma das situações mais comuns no dia-a-dia do hematologista em seu consultório ou ambulatório é o paciente que chega com um hemograma, geralmente solicitado por outro médico por razões as mais diversas, e que mostra uma diminuição da contagem dos glóbulos brancos que recebe o nome técnico de leucopenia (leuco = branco; penia = diminuição). Na grande maioria das vezes os pacientes não referem qualquer sintoma que se possa correlacionar com o achado no exame, mas, devido ao desconhecimento total ou parcial por parte dos outros médicos sobre o assunto, geralmente o paciente é encaminhado ao hematologista "com urgência", já que os exames apontam para uma "diminuição das defesas do organismo". Com esse diagnóstico parcial nas mãos, os pacientes acabam por solicitar marcações urgentes de consulta, costumam chegar ao consultório extremamente ansiosos e apavorados em função do que lhe foi dito por quem o encaminhou.
Na quase totalidade dos casos, no entanto, não há fundamento para a preocupação e para o apavoramento já que esses quadros são geralmente benignos, não causando qualquer tipo de repercussão no paciente.
Existem várias possibilidades para explicar a leucopenia. A mais comum é chamada de Leucopenia Crônica Benigna, uma condição em que os granulócitos - um dos vários tipos de leucócitos - vivem menos do que o habitual por razões não totalmente compreendidas até o momento. A baixa de leucócitos costuma ser um achado no hemograma que geralmente é solicitado por outra razão (exames de rotina, pré-operatório, etc), tem uma tendência a permanecer por anos a fio ou por toda a vida, sem que o paciente tenha qualquer consequência dessa alteração. Os pacientes devem ser assegurados que não possuem uma doença que mereça tratamento.
A segunda causa mais comum, principalmente no nosso meio, é a Leucopenia Crônica Étnica, comum em indivíduos da raça negra e em alguns judeus do Yemen e do Sudão. Indivíduos da raça negra de outros países como África do Sul e outros também apresentam uma grande prevalência do achado. Tal como no primeiro caso, trata-se de uma situação benigna, sem necessidade de tratamento, e os pacientes podem levar suas vidas normalmente.
Em terceiro lugar temos as leucopenias associadas ao uso de medicamentos. A lista de medicamentos que podem causar leucopenia é enorme e esse efeito colateral pode se dar basicamente de duas maneiras: no primeiro caso, existe uma lesão na medula óssea, na fábrica do sangue, levando a uma diminuição da produção dos granulócitos; no segundo, a produção pela medula óssea é normal, mas ocorre uma destruição dos glóbulos no sangue.
A diferença em relação aos dois primeiros casos é que conseguimos identificar na história do paciente o uso de medicamentos que podem causar o problema. Mas nem sempre é fácil saber qual medicamento causa a leucopenia, já que muitos pacientes, principalmente os mais idosos, fazem uso de várias medicações ao mesmo tempo (remédios para pressão, diabetes, etc), que muitas vezes foram iniciados juntos e, portanto, fica impossível saber qual deles é o causador do problema.
Existem várias possibilidades para explicar a leucopenia. A mais comum é chamada de Leucopenia Crônica Benigna, uma condição em que os granulócitos - um dos vários tipos de leucócitos - vivem menos do que o habitual por razões não totalmente compreendidas até o momento. A baixa de leucócitos costuma ser um achado no hemograma que geralmente é solicitado por outra razão (exames de rotina, pré-operatório, etc), tem uma tendência a permanecer por anos a fio ou por toda a vida, sem que o paciente tenha qualquer consequência dessa alteração. Os pacientes devem ser assegurados que não possuem uma doença que mereça tratamento.
A segunda causa mais comum, principalmente no nosso meio, é a Leucopenia Crônica Étnica, comum em indivíduos da raça negra e em alguns judeus do Yemen e do Sudão. Indivíduos da raça negra de outros países como África do Sul e outros também apresentam uma grande prevalência do achado. Tal como no primeiro caso, trata-se de uma situação benigna, sem necessidade de tratamento, e os pacientes podem levar suas vidas normalmente.
Em terceiro lugar temos as leucopenias associadas ao uso de medicamentos. A lista de medicamentos que podem causar leucopenia é enorme e esse efeito colateral pode se dar basicamente de duas maneiras: no primeiro caso, existe uma lesão na medula óssea, na fábrica do sangue, levando a uma diminuição da produção dos granulócitos; no segundo, a produção pela medula óssea é normal, mas ocorre uma destruição dos glóbulos no sangue.
A diferença em relação aos dois primeiros casos é que conseguimos identificar na história do paciente o uso de medicamentos que podem causar o problema. Mas nem sempre é fácil saber qual medicamento causa a leucopenia, já que muitos pacientes, principalmente os mais idosos, fazem uso de várias medicações ao mesmo tempo (remédios para pressão, diabetes, etc), que muitas vezes foram iniciados juntos e, portanto, fica impossível saber qual deles é o causador do problema.
Nesses casos só devemos suspender as medicações se houver alguma repercussão clínica da leucopenia. Como isso na maioria das vezes não ocorre, o mais prudente é acompanhar o paciente a cada 2-3 meses inicialmente, mantendo todas as drogas, até termos certeza que o paciente se mantém assintomático. Somente no caso de uma leucopenia muito intensa, associada ao apareciemento de infecções importantes e frequentes é que estaremos diante de um caso que merecerá a suspensão e/ou troca da(s) medicação(ões).
Um quarto tipo de leucopenia ocorre associado a outras doenças propriamente ditas, como doenças auto-imunes, doenças inflamatórias crônicas, tumores, mas, nesses casos, os pacientes geralmente apresentam outros sinais e sintomas associados que apontam para a doença de base que deverá ser tratada fazendo com que a leucopenia também desapareça.
Portanto, se você receber um comunicado de um médico que você apresenta leucopenia, que suas defesas estão baixas e que você tem que sair correndo atrás de um hematologista, respire fundo e vá com calma. Não se apavore. Você tem mais de 90% de chance de não ter nada de grave, principalmente se você não sente absolutamente nada em relação a esse achado. Se você NÃO tem infecções, geralmente bacterianas, graves, que necessitam de internação para tratamento adequado, você é um provável portador de um quadro de leucopenia crônica benigna que não necessita de qualquer tratamento.
Um quarto tipo de leucopenia ocorre associado a outras doenças propriamente ditas, como doenças auto-imunes, doenças inflamatórias crônicas, tumores, mas, nesses casos, os pacientes geralmente apresentam outros sinais e sintomas associados que apontam para a doença de base que deverá ser tratada fazendo com que a leucopenia também desapareça.
Portanto, se você receber um comunicado de um médico que você apresenta leucopenia, que suas defesas estão baixas e que você tem que sair correndo atrás de um hematologista, respire fundo e vá com calma. Não se apavore. Você tem mais de 90% de chance de não ter nada de grave, principalmente se você não sente absolutamente nada em relação a esse achado. Se você NÃO tem infecções, geralmente bacterianas, graves, que necessitam de internação para tratamento adequado, você é um provável portador de um quadro de leucopenia crônica benigna que não necessita de qualquer tratamento.
Comentários
Postar um comentário