HISTÓRIA - Grécia
GRÉCIA
Os alunos do 6° ano da Escola Municipal Isabel Figueroa Bréfere pouco sabiam sobre a Grécia, país e seu povo. Para enriquecer seus conhecimentos, antes de estudarmos a Grécia antiga, sugeri aos alunos, no laboratório de informática, com auxílio da POENTE Rosângela, que pesquisassem alguns itens e escrevessem suas obsrvações no caderno. Este foi o primeiro contato dos alunos com o tema Grécia, qu logo se aprofundaria com o texto logo abaixo das imagens.
A Grécia Antiga
Nosso mundo de hoje tem muito a ver com os gregos antigos. Herdamos dos gregos, por exemplo, os conceitos de cidadania e democracia. Eles foram os criadores dos jogos olímpicos, da filosofia, dos fundamentos da ciência e do teatro. Dos povos da Antiguidade, foram os gregos que tiveram maior influência na formação da civilização ocidental.
Grécia atual |
A Grécia localiza-se na península Balcânica é formada por regiões montanhosas, de relevo acidentado, o que influenciou política e economicamente a vida dos antigos gregos. A sua posição geográfica favoreceu a ligação entre a Europa e o Oriente Próximo. As poucas planícies férteis dificultaram o desenvolvimento da agricultura, porém, o litoral recortado e extenso facilitou o desenvolvimento do comércio marítimo.
A península Balcânica era habitada por grupos de pastores seminômades, os pelágios ou pelasgos. Por volta do ano 2000 a.C., começou a ser ocupada por povos indo-europeus, vindos das planícies euroasiáticas. Os primeiros foram os aqueus, depois os jônios, os eólios e dórios.
Período Homérico (século XII ao VII a.C.)
Este período é estudado principalmente com base em duas fontes escritas, a Ilíada e a Odisséia, poemas atribuídos a Homero que contam a Guerra de Tróia e o regresso do herói Odisseu (Ulisses) à Grécia. Estas obras descrevem relatos verídicos e imaginários, que geram uma constante pesquisa para separar a ficção do fato, sem comprometer o valor simbólico das obras.
No período homérico, a sociedade grega estava dividida em genos. Os genos eram uma espécie de clã familiar, cujos membros descendiam de um antepassado em comum, e que cultivavam um deus protetor.
Cada geno era chefiado por um patriarca (o pater; membro mais velho do grupo), que concentrava o poder militar, político, religioso e jurídico.
A economia no genos era agrícola e pastoril, autossuficiente, ou seja, toda a família morava em uma grande propriedade e a terra era explorada coletivamente.
No final do Período Homérico, o crescimento populacional, a falta de terras produtivas e consequentemente de alimentos gerou conflitos violentos no interior dos genos. Decidiram dividir as terras conforme o grau de parentesco, ou seja, quanto mais próximo do patriarca, maior e melhor era a herança territorial. Os mais afastados ficaram sem terras, trabalhando como escravos, no artesanato ou na terra para os grandes proprietários. Surge então, a propriedade privada e a sociedade de classes na Grécia.
Período Arcaico (século VIII ao VI a.C.)
O surgimento da pólis: com a desagregação dos genos, começaram a se formar as cidades-estados (as pólis). Os genos uniram-se, formando as frátrias, que se agruparam dando origem às tribos.
Em geral, as cidades-estados eram construídas nos lugares mais altos da região, tendo em seu centro a Acrópole, refúgio e santuário rodeado de muralhas.
Acrópole
Sua economia era autossuficiente e cada cidade-estado era governada por um rei, o basileus, auxiliado por um conselho formado por representantes da aristocracia e uma assembléia popular composta pelos cidadãos, aqueles que tinham direitos políticos.
As principais cidades-estados foram Atenas, Esparta, Tebas, Corinto, Argos, Olímpia, Mégara e Mileto.
Apesar da autonomia das pólis, as cidades gregas mantinham certa unidade, baseada na língua, na religião e nas festas esportivas. Dentre as festas esportivas, destacam-se as Olimpíadas, realizadas a cada quatro anos, sendo proibidas as guerras entre as pólis durante sua realização, como homenagem ao deus Zeus.
Colonização Grega
A concentração do poder territorial nas mãos de poucos e a desigualdade social fez com que milhares de gregos, durante os séculos VII e VI a.C., fundassem colônias nas costas dos mares Mediterrâneo, Egeu e Negro.
Embora, as colônias gregas fossem independentes de suas cidades-estados de origem, mantinham com elas ligações comerciais e religiosas.
As principais colônias eram Bizâncio, Tarento, Síbaris, Crotona, Nápoles, Cuma, Siracusa, Agrigento, Nice, Marselha e Málaga.
Período Clássico (século VI ao IV a.C.)
Foi um período de grandes transformações, economicamente e culturalmente. Porém, de prolongadas guerras, como as Guerras Médicas (492-479 a.C.), e a Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.).
Guerras Médicas (ou greco-persas): o rei persa Dario e depois seu filho Xerxes tentaram conquistar as cidades gregas, mas enfrentaram dura resistência, sendo derrotados. Principais batalhas: Maratona (490 a.C.), Salamina (480 a.C.) e Platéia (479 a.C.).
Por causa do seu destaque na guerra contra os persas, Atenas tornou-se a mais importante cidade grega. Fundou a Liga de Delos, para proteger a Grécia contra possíveis ataques externos. Com o tempo, transformou-se no centro de um grande império comercial e marítimo. Muitas cidades começaram a se revoltar contra o imperialismo ateniense, entre elas a líder Esparta.
Guerra do Peloponeso: a luta entre Esparta e Atenas foi causada por diferenças de regime político, de economia, de tipo de força militar e de cultura.
Esparta fundou a Liga do Peloponeso e liderou um conjunto de cidades contra o domínio de Atenas. Depois de 27 anos de luta, Atenas foi derrotada e submeteu-se a Esparta. A vitória de Esparta significou a manutenção da fragmentação política da Grécia, e o domínio dessa cidade sobre o mundo grego por 30 anos. Sob a liderança de Tebas, diversas cidades gregas revoltaram-se contra Esparta. Depois de vencer os espartanos, Tebas manteve a hegemonia entre os gregos de 371 a 362 a.C.
Período Helenístico (século IV ao I a.C.)
Aproveitando a decadência dos gregos, o rei Filipe da Macedônia conquistou a Grécia, na Batalha de Queronéia (338 a.C.). Com a morte de Filipe, seu filho Alexandre assumiu o trono e deu prosseguimento à expansão militar dos macedônios. Com a fusão entre a cultura oriental e a cultura grega, provocada pela política expansionista de Alexandre Magno, duas importantes filosofias surgiram nesta época: o estoicismo de Zenon, que pregava a resignação do homem frente a seu destino e a igualdade entre os seres humanos. A outra corrente filosófica era o epicurismo, que valorizava o prazer intelectual e a serenidade da alma, estado que o homem atingia ao perder o medo do sobrenatural. A ciência desenvolveu-se na astronomia, matemática e medicina.
Aristarco de Samos deduziu que a Terra e os outros planetas giram em torno do Sol.
Hiparco elaborou o mapa do céu mais perfeito da Antigüidade.
Euclides avançou na geometria.
Arquimedes foi um notável matemático.
Herófilo dissecava cadáveres e elaborou uma descrição minuciosa do cérebro.
oi
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