NUTRIÇÃO - Indústria do alimento
O ser humano não enxerga mais a comida como um alimento a ser consumido para nutrir as células do corpo. A comida, hoje, é muito mais representativa para a sociedade do que uma simples alimentação.
O comer é sagrado, é festa, é religião, é um momento de celebração, reunião, festa. Desta forma os alimentos se tornaram cada vez mais elaborados, industrializados, produzidos pelas indústrias para atrair o cliente, conquistá-lo.
Neste resumo do artigo publicado na revista Nutrire (Marketing aplicado à indústria de alimentos. Scagliusi, Fernanda B.; Machado, Flávia M. S.; Torres, Elizabeth Apda. F. da S.), mostra como funciona atualmente o marketing dos alimentos industrializados:
"o artigo aborda aspectos da aplicação de instrumentos de propaganda e marketing no âmbito da indústria alimentícia. Alimentos são bens de demanda primária que apresentam significativo mercado consumidor potencial. A propaganda é um elo de comunicação entre produto e consumidor que busca criar e preencher necessidades e desejos de alimentos no consumidor. Adicionalmente, o marketing estuda a influência de diversos elementos que possam atrair o cliente. A indústria alimentícia brasileira tem utilizado a diferenciação de produtos, via atributos, como a principal estratégia de marketing para a conquista das preferências dos consumidores. Uma importante forma de diferenciação de produtos empregada pela indústria alimentícia é o marketing nutricional, que constitui uma estratégia relativamente inovadora, cuja meta é fornecer informações de caráter nutricional sobre os produtos ao consumidor, permitindo a articulação de escolha consciente de produtos alimentícios condizentes com o estilo de vida que o consumidor pretende adotar. Antes da aprovação de legislação brasileira específica que estabelecesse a obrigatoriedade da rotulagem nutricional, um dos principais instrumentos do marketing nutricional era a adoção de tabelas de valores nutricionais nos rótulos de alimentos. Outra importante modalidade de marketing nutricional é a veiculação de propaganda nutricional. O fornecimento de informações nutricionais insere o marketing no campo da promoção da saúde pública, pois os dados nutricionais bem formulados e veiculados constituem importante ferramenta no processo de educação alimentar da população. A difusão de informações claras e corretas deve ser amplamente adotada e fiscalizada de forma que o consumidor possa optar conscientemente por um produto no momento da aquisição."
E para ilustrar esta discussão e colocar na mídia este assunto tão polêmico, e as vezes, nojento, muitos produtores de cinema investiram em filmes que exploram o tema indústria de alimentos. Veja abaixo alguns exemplos interessantes.
Está concorrendo ao Oscar 2010 o documentário Food, Inc., que ainda não tem estréia prevista no Brasil, mas está dando o que falar lá fora. O filme de Robert Kenner, co-produzido por Eric Schlosser (de Fast Food Nation, disponível no Brasil) faz uma radiografia pesada da indústria de alimentos nos Estados Unidos, mas que cabe perfeitamente à nossa realidade, em tempos de economia globalizada.
O documentário faz uma incursão sobre os modos de produção da comida que chega às nossas mesas todos os dias, desde o modo como os animais “para fins industriais” são criados e abatidos, o excesso de uso de hormônios e antibióticos – que faz com que frangos engordem em tempo recorde – , a inserção na alimentação de variedades de soja geneticamente modificadas que resistem ao mais forte dos pesticidas, entre outros recursos utilizados pelas companhias para “aumentar a produtividade” – e que, em última instância, faz a comida ficar cada vez mais distante de sua natureza. Isso somado aos impactos à saude, como o aumento da incidência de obesidade, diabetes e contaminação por E.Coli decorrentes dessa ‘desnaturalização’ da comida.
Mas o filme aponta também caminhos, e mostra que está nas mãos do consumidor pressionar a indústria e as cadeias de supermercados por mudanças. A tão falada opção pelos orgânicos e alimentos produzidos localmente, por pequenos produtores, é apontada como um desses caminhos. Infelizmente, o preço ainda é um empecilho para muitos adotarem o orgânico como carro-chefe da alimentação. Esses dias, no supermercado, comparei o preço do frango produzido sem hormônios e antibióticos com o frango convencional. O frango livre de química custava 5 vezes mais que o convencional. Claro que, se mais consumidores buscarem essas alternativas, elas tenderão a baratear.
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/regulamentaPublicidadeAlimentos.pdf
http://blogs.estadao.com.br/andrea-vialli/food-inc-desnuda-a-industria-de-alimentos/
http://www.revistanutrire.org.br/articles/view/id/4f9850741ef1fa4b47000002
E para ilustrar esta discussão e colocar na mídia este assunto tão polêmico, e as vezes, nojento, muitos produtores de cinema investiram em filmes que exploram o tema indústria de alimentos. Veja abaixo alguns exemplos interessantes.
Está concorrendo ao Oscar 2010 o documentário Food, Inc., que ainda não tem estréia prevista no Brasil, mas está dando o que falar lá fora. O filme de Robert Kenner, co-produzido por Eric Schlosser (de Fast Food Nation, disponível no Brasil) faz uma radiografia pesada da indústria de alimentos nos Estados Unidos, mas que cabe perfeitamente à nossa realidade, em tempos de economia globalizada.
O documentário faz uma incursão sobre os modos de produção da comida que chega às nossas mesas todos os dias, desde o modo como os animais “para fins industriais” são criados e abatidos, o excesso de uso de hormônios e antibióticos – que faz com que frangos engordem em tempo recorde – , a inserção na alimentação de variedades de soja geneticamente modificadas que resistem ao mais forte dos pesticidas, entre outros recursos utilizados pelas companhias para “aumentar a produtividade” – e que, em última instância, faz a comida ficar cada vez mais distante de sua natureza. Isso somado aos impactos à saude, como o aumento da incidência de obesidade, diabetes e contaminação por E.Coli decorrentes dessa ‘desnaturalização’ da comida.
Mas o filme aponta também caminhos, e mostra que está nas mãos do consumidor pressionar a indústria e as cadeias de supermercados por mudanças. A tão falada opção pelos orgânicos e alimentos produzidos localmente, por pequenos produtores, é apontada como um desses caminhos. Infelizmente, o preço ainda é um empecilho para muitos adotarem o orgânico como carro-chefe da alimentação. Esses dias, no supermercado, comparei o preço do frango produzido sem hormônios e antibióticos com o frango convencional. O frango livre de química custava 5 vezes mais que o convencional. Claro que, se mais consumidores buscarem essas alternativas, elas tenderão a baratear.
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/regulamentaPublicidadeAlimentos.pdf
http://blogs.estadao.com.br/andrea-vialli/food-inc-desnuda-a-industria-de-alimentos/
http://www.revistanutrire.org.br/articles/view/id/4f9850741ef1fa4b47000002
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